domingo, 17 de fevereiro de 2013

Casino dos pobres

Não sei como é que ainda não (?) se fez uma reportagem sobre o flagelo das raspadinhas junto dos velhotes. Sempre que vou comprar o passe à «casa da sorte» ao fundo da minha rua, vejo, da minha fila, a azáfama na fila paralela: hordas de velhos e velhas tentam a sua sorte, desbaratando moeditas de 1 e 2 euros numa variedade incrível - e que eu desconhecia por completo - de raspadinhas (simples, ilustradas, com prémios modestos ou exorbitantes, etc). Depois, com vergonha do fracasso ou medo que os outros velhos vejam quanto lhes saiu, metem o cartão no bolso e vão raspá-lo para outro lado. É uma espécie de casino dos pobres e púdicos, aquela casa."

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