Hoje na Casa da Sorte, à espera de comprar o passe: velhas à minha frente na conversa com empregado da loja atrasam andamento da fila. Ao ir embora, uma delas manda carimbo ao chão. «Este carimbo ainda é do tempo em que o Sporting ganhava campeonatos!», justifica-se o senhor do balcão, que perde algum tempo a tentar pôr aquela bodega a funcionar outra vez.
Outra das velhotas, quem sabe se emocionada com o momento, engana-se e, em vez de dar o passe ao homem, passa-lhe o cartão do Minipreço ou coisa que o valha. «Uma vez, nunca mais me esquece, um senhor deu-me o cartão do clube de pescadores de não sei onde», lembra-se o nosso herói, «e depois ficava muito chateado por eu não querer carregá-lo: "Mas todos o carregam!". ele tinha um amor por aquele cartão!».
Mas o mais bonito ainda foi o outro funcionário ter de desligar a música - a Alicia Keys a berrar «Neeeewwww Yooooorrrk» - porque um velhote da fila ao lado (a das raspadinhas, negócio paralelo da Casa da Sorte e espécie de casino dos idosos de Benfica) era mouco de todo e nem sequer ouvia o preço a pagar (oito! OITO!).
Sem comentários:
Enviar um comentário