sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tony de Matos, por taxista de Argoncilhe

Da colecção de coisas que se aprendem com os taxistas: o Tony de Matos fumava cinco maços de tabaco por dia. Fumou e cantou até ao dia em que morreu. Um homem extraordinário, fora de série. Conhecido como «o cantor latino», muitos tentam, ainda hoje, imitá-lo - sem sucesso. Mais: os espanhóis «que entram aqui no carro» gostam do Real mas não gostam do Ronaldo. Ele é um vaidoso, não presta. E é maluco se pensa que tem a categoria do Messi. Os Loureiros afundaram o Boavista e o Linhares, que «já lá está», o Salgueiros. Isto e muito mais por um conterrâneo do André Gomes: Argoncilhe é a terra do senhor que me trouxe a casa - e esperou que eu entrasse no prédio, que isto não são horas - mas que trocou pelo Porto aos 11 anos, altura em que começou a trabalhar. Depois da tropa veio «passear» para Lisboa e não se arrepende, porque tem trabalho e «vai tendo» saúde. Só a maçaneta das velocidades é que o patrão insiste em não arranjar. Aparte isso e os camiões do lixo que o impedem de depositar em casa «os clientes, tão tarde e ainda por cima tanto frio», tudo jóia.

(Novembro 2010)

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